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Pela 2ª vez consecutiva, CASACOR São Paulo recebe selo de acessibilidade

Veja os recursos de acessibilidade implantados para incluir a participação de pessoas com deficiência na mostra paulistana

Por Maria Fernanda Barros
Atualizado em 19 jul 2024, 15h06 - Publicado em 4 jul 2024, 15h11

É o segundo ano consecutivo que a CASACOR São Paulo recebe o selo concedido pela Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA), que assegura acessibilidade para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Para receber o Selo de Acessibilidade, a mostra passa por uma avaliação realizada por engenheiros, arquitetos, pessoas com deficiência e membros da CPA.

Uma média de 4 a 5 pessoas com deficiência motora visitam a CASACOR São Paulo 2024 por dia. No ano passado, cerca de 500 pessoas em cadeiras de rodas compareceram à mostra. Quando os recursos de acessibilidade e inclusão começaram a ser implantados no evento, o número era bem mais baixo, conta Darlan Firmato, diretor de operações da CASACOR: “Era aproximadamente um por semana, ou seja, recebíamos 10, 15 pessoas em cadeiras de rodas durante toda a exposição”. 

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É o segundo ano que a CASACOR São Paulo recebe o Selo de Acessibilidade (Adriana Barbosa/CASACOR)

A explicação para o aumento da participação de PCDs na CASACOR São Paulo está nas estratégias de acessibilidade implantadas ao longo dos anos, que visam universalizar o acesso à mostra. “Os lugares onde pessoas em cadeiras de rodas não têm acesso, nenhum outro visitante terá também: é um dos lemas que a gente leva, e pedimos a participação de todos os arquitetos nisso. O acesso tem que ser universal”, afirma Darlan. 

Silvana Cambiaghi, arquiteta e consultora de acessibilidade da CASACOR, ajudou a implantar a Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA)
Silvana Cambiaghi, arquiteta e consultora de acessibilidade da CASACOR, ajudou a implantar a Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA) (Adriana Barbosa/CASACOR)

Para assegurar que o percurso da CASACOR São Paulo seja, em todos anos, inteiramente acessível, Silvana Cambiaghi, arquiteta e consultora de acessibilidade da mostra, coordena a análise técnica do circuito desde o início, acompanhando o local e os projetos funcionais dos arquitetos que participam do evento. 

Silvana reforça a importância de propor eventos sobre acessibilidade e design universal que envolvam o público geral, para que esse debate continue se ampliando. “Houve uma grande evolução da acessibilidade e do design universal na arquitetura e design de interiores, e uma mudança gradativa na rejeição dos arquitetos e designers de interiores em executar e criar projetos com acessibilidade”, diz. 

Além do compromisso com a acessibilidade física, destinada às pessoas com mobilidade reduzida, garantir equidade para todos os visitantes “requer pensar nas necessidades de todo o público com deficiência”, afirma Silvana. Por isso, a CASACOR São Paulo aplicou recursos de acessibilidade em diferentes frentes. Veja a seguir:

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ICOM: plataforma de atendimento em língua de sinais

Parceria do app CASACOR com o ICOM para tradutor on-line de Libras
Parceria do app CASACOR com o ICOM para tradutor on-line de Libras. (Divulgação/CASACOR)

O ICOM, Plataforma de Atendimento em Língua de Sinais, oferece traduções simultâneas para facilitar, dentro de qualquer espaço, a interação das pessoas com dificuldades de comunicação. É possível acessar o ICOM no próprio aplicativo da CASACOR: ao clicar no ícone de libras presente no aplicativo, o visitante é direcionado à plataforma, que o coloca em ligação com um especialista que realiza a tradução solicitada. 

O aplicativo surgiu em 2017 com o objetivo de acessibilizar a comunicação dos setores público e privado de modo a incluir consumidores, colaboradores e munícipes surdos em um Brasil bilíngue entre Português e Libras.  

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Com apenas um click, é possível acessar os serviçõs de tradução a qualquer hora, a qualquer lugar, de forma simples e instantânea. (Divulgação/ICOM/CASACOR)

Pisos, objetos e mapas táteis

Existem quatro mapas táteis ao longo da mostra, que direcionam os visitantes ao longo do percurso e apresentam um audioguide para pessoas cegas ou com baixa visão, além da presença de pisos táteis em todo o circuito da CASACOR São Paulo. Ademais, é importante ressaltar: embora não seja permitida a presença de animais, há a exceção feita para que os cães-guia possam auxiliar as pessoas cegas ou com baixa visão a se locomoverem na mostra.

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(Adriana Barbosa/CASACOR)

Também é possível tatear os itens dos ambientes: “Para os visitantes com dificuldade de visão, é interessante perceber a rugosidade de uma pedra, a maciez de um tecido, ou passar a mão em um estofado de couro, explorar as possibilidades por meio do tato”, explica Darlan.

Elevador, plataforma elevatória, rampas e guarda corpos

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(Adriana Barbosa/CASACOR)

Durante a execução dos projetos da CASACOR, a planta é posicionada de forma a contemplar elevadores, plataformas elevatórias, rampas ou guarda corpos, para que visitantes com deficiência possam ter a mesma experiência de qualquer outro. “Qualquer desnível que exista tem que ser rampado. Degraus de jeito nenhum”, pontua Darlan.

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Cadeiras de rodas motorizadas

Em todas as edições, a CASACOR disponibiliza cadeiras de rodas motorizadas para que visitantes com dificuldades na locomoção possam circular livremente pela mostra.

Visitas guiadas

A promoção de visitas guiadas para pessoas com deficiência se tornou tradição na CASACOR São Paulo. Nas duas últimas edições, a mostra ofereceu ao grupo de membros da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED), da Comissão Permanente de Acessibilidade da Cidade de São Paulo (CPA), Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP) e entidades relacionadas a pessoas com deficiência uma experiência inclusiva para que os visitantes conferirem as ações relacionadas a acessibilidade desenvolvidas no evento, com a consultoria da arquiteta Silvana Cambiaghi.

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(Adriana Barbosa/CASACOR)

Estúdio do design universal

Desde o ano passado,  a CASACOR São Paulo incluiu nas plantas da mostra o Estúdio do Design Universal: um ambiente que explora as possibilidades do design universal ao pensar o espaço especialmente para moradores que usam cadeira de rodas.

AD|VP Arquitetura - Refúgio de Memórias. Projeto da CASACOR São Paulo 2024.
AD|VP Arquitetura – Refúgio de Memórias. Projeto da CASACOR São Paulo 2024. (Adriana Barbosa/CASACOR)

Neste ano, o projeto foi feito pela AD|VP Arquitetura, que desenvolveu o Estúdio Refúgio de Memórias. As arquitetas Vanessa e Andressa buscaram fugir do estereótipo que associa a acessibilidade à simplicidade ou falta de estilo, afirmam: “Para nós, é fundamental que o design seja acessível não apenas fisicamente, mas também esteticamente. Abraçamos a beleza das formas orgânicas e dos materiais naturais, criando um ambiente que cativa os sentidos e celebra a diversidade.”

Refúgio de Memória. Projeto da ADVP para a CASACOR São Paulo 2024
Refúgio de Memórias. Projeto da ADVP para a CASACOR São Paulo 2024 (Amanda Bibiane/CASACOR)

SERVIÇO – CASACOR São Paulo 2024

Onde: Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, 2073 – São Paulo (SP)

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Quando: de 21 de maio a 28 de julho de 2024

Horário bilheteria:Terça a sábado, das 12h às 22hDomingos e feriados, das 11h às 21h

Bilheteria digital:https://appcasacor.com.br/en/events/sao-paulo-2024

Valores dos ingressos:R$ 111 – Inteira R$ 56 – Meia-entrada

Compra de ingresso de meia-entrada: idoso a partir de 60 anos, estudante apresentando o documento válido com foto ou recibo de pagamento. Pessoa com deficiência e seu acompanhante (conforme lei 12.933/13). A comprovação de meia-entrada será exigida na porta.

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